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Ao contrário do que muitos entendem como planejar sua família, o planejamento familiar não é apenas decidir a quantidade de filhos e os nomes deles, esse instituto vai muito além disso, planejar significa decidir desde o seu regime de casamento até como se dará a sucessão – transmissão de sua herança – quando você morrer.

O planejamento familiar é, então, a delimitação de um plano de vida, uma estratégia para se viver uma vida de forma precavida, segura e menos onerosa possível.

O planejamento familiar começa com a ideia de se constituir uma família, ao tornar-se noivos ou decidir viver em união estável já se deve começa a traças tais planos.

No Brasil, a ideia de planejar sua vida familiar ainda encontra muitos óbices e preconceitos, as pessoas costumam assustar quando algum dos noivos sugere ao outro que se casem em regime de separação total de bens, frases como “eles vão se casar pensando na separação” ou “não se amam de verdade”, são extremamente comuns. Isso também ocorre quando um filho sugere ao pai que faça um planejamento sucessório, “ele já está de olho na herança; “está querendo enterrar seus pais”.

O que as pessoas deixam de entender é que a falta de planejamento acaba causando prejuízos incomensuráveis, tanto de ordem patrimonial quanto emocional.

Dados do CNJ – Conselho Nacional de Justiça – mostram que um processo, a depender do caso, pode levar em média de 8 a 9 anos para encontrar seu devido fim.

Em ações como a de divórcio esse tempo pode ser ainda maior, o procedimento de partilha de bens pode levar longos anos a depender do patrimônio do casal e do regime de casamento que adotaram, igualmente o processo de inventário de um falecido com muitas posses também costuma ter duração exagerada, pois a falta de planejamento para a herança habitualmente causa problemas.

É nesse ponto que o planejamento familiar vem nos auxiliar!

Com um bom planejamento sucessório, por exemplo, um inventário pode ser realizado, hoje em dia, de forma extrajudicial, assim, ao invés de durar anos pode durar apenas um ou dois meses.

Igualmente, o divórcio ou a dissolução provenientes de um casamento ou união estável planejados, se feito extrajudicialmente, pode ser resolvido em até duas horas.

A discrepância de temo é gritante nos dois casos!

Interessa observar o tema sob uma outra ótica, no Brasil e no mundo as empresas familiares desempenham um papel econômico essencial, em nosso país em torno de 90% das empresas são familiares, no mundo esse percentual chega 95%, mas apenas 30% dessas empresas chega a segunda geração e só 5% delas chega a terceira geração familiar.

Os valores percentuais impressionam, entretanto o que mais assusta é que o fim daquelas empresas se dá, em grande parte, por falta de planejamento familiar.

É imprescindível se afastar preconceitos e ideais rudimentares da nossa vida diária em prol de torna-la mais fácil e eficiente, em um país repleto de burocracias e dificuldades o que menos precisamos é atribuir mais problemas para nós mesmos, precisamos começar a ver casamentos, testamentos, doações e outros tantos institutos do direito de família de forma desromantizada.

Se esclarece que aqui não orientamos que se afaste a emoção da família, até porque consideramos isso impossível, no entanto é preciso bastante estudo e racionalidade na hora de tomar decisões que podem causar impacto por toda a nossa vida, planejar o resto de nossas vidas apenas com o emocional também é perigoso, o ideal é o meio termo, o equilíbrio é fundamental não só no planejamento familiar, mas na vida.

Ficou com alguma dúvida ou tem interesse em se aprofundar em algum tema apresentado? Entre em contato conosco, será um prazer lhe ajudar.

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